segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Marta e tapas

Começo a pecar por não actualizar tantas vezes quanto queria. Quem sofre é quem lê, pois os posts vão ficando maiores.
A Marta está cá desde quinta-feira passada mas infelizmente já se vai embora na terça. Já estava cheio de saudades, ela ter cá vindo foi definitivamente o melhor que me podia ter acontecido! Agora daqui a um mês vou eu a Barcelona.
Depois de uma quinta-feira calminha - em que começámos a filmar reportagens para a cadeira de TV Informativa (entrevistámos uma professora auxiliar italiana que estava a fumar um charro enquanto nos dava a sua opinião) - e uma sexta-feira em que palmilhei Madrid em busca de um Banco do Brasil inexistente, no sábado foi claramente o dia de Portugal por cá: além da Marta, a Carolina, o David e o Sérgio (não, não é o do Rio) também por cá estão uns dias. Fomos ter com a Sara e a Carla à tarde e andámos a passear por Madrid. À medida que o tempo avançava, urgia também comer, pois o estômago ressentia-se. A Casa Granada (ali para os lados do Sol) e as suas tapas afamadas pela Lucy esperavam-nos... E uma hora e meia de espera também. Aquilo é num sítio bem recôndito, um 6º andar de um prédio normalíssimo; ninguém diria que ali se comem coisas que são uma maravilha. Depois de termos saltitado entre uma mesa para quatro - éramos 10 -, a varanda e tentarmos ficar com uma mesa para 8 que afinal está eternamente reservada a 5 velhotes, lá ficámos com as mesas altas. Depois daí para a frente foi um manancial de tapas: batatas com chouriço e morcela e seis molhos, tortilla de batata, gambas com alho, chouriço ibérico... Muita comida mesmo, com dois cafés, três jarros de sangria para todos e apenas 9€ a cada (o que para Madrid e tendo em conta tudo o que comemos não foi nada caro).
Entretanto começara a chover e punha-se a questão: para onde ir? Não precisámos de ir mais longe que o hall de entrada do prédio. Passo a explicar: quando descemos o elevador e vimos que choviam gatos e cães, também encontrámos um grupo de 7 ou 8 espanhóis que estavam a beber e a cantar por ali, numa espécie de mini-botellon privado. Enquanto esperávamos que a chuva amainasse, eles convidaram-nos a cantar com eles. Tudo isto acabou numa espécie de cantos à desgarrada, portugueses e espanhóis (sim, não há cá contra os espanhóis, nisto quer-se é diversão). Ficámos nisto até às 3.30, depois de a Casa Granada ter fechado, depois de cerca de mais 10 pessoas se terem juntado a nós a cantar e a dançar, depois de cerca de 30 pessoas terem entrado e saído, depois de todo um cancioneiro popular, de fado e música brasileira ter sido cantado a plenos pulmões. Em Espanha a fiesta não pára! E eles gostam muito de nós portugueses.

Ontem foi um dia mais calmo e muito cultural e intelectual. O Museo Nacional del Prado era o destino desejado e alcançado, até porque ontem foi feriado e a entrada em todos os museus era gratuita (já viu Senhor Primeiro-Ministro? Siesta e entradas gratuitas em museus!!).
Valeu bem a pena. Aquilo é gigantesco, tem salas que nunca mais acabam e quase só quadros: quadros gigantes e minúsculos, pintores famosos e desconhecidos, cores berrantes e aborrecidas... De tudo um pouco. Voltarei lá com certeza, assim que tiver mais tempo, quero voltar a olhar para os quadros do Velásquez e do El Bosco. Entretanto, se me despachar, vou já já para o Museo Reina Sofia.

- Camarero!
- Qué?
- Camarero!
- Qué?
- Una de fritura!
- Una de fritura?!
- Pone tu mano en mi fritura e baila...

2 comentários:

Unknown disse...

já vi q isso anda divertido! ainda bem! ;)
e deixa lá o primeiro ministro em paz q no dia do museu (não sei se só nacional ou internacional) as entradas cá em Portugal tb são de borla!
abraço

Unknown disse...

Manda beijinho à Marta! Não percebi nada do diálogo, só que era para pôr a mão nalgum sítio de quem fala... =X