sábado, 27 de dezembro de 2008

Middle of Nowhere

Era assim que me sentia nas primeiras semanas. Ao pouco fomo-nos encontrando, uns com os outros. E agora é bom e até sinto alguma falta. Esta é a minha música de Erasmus, passei muitas sextas-feiras a ouvi-la, enquanto ria e me divertia. Mas só agora me apercebi... Está a chegar ao fim? Nã...!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Portugal ali ao virar da esquina

Ainda nem acredito que sexta me vou embora. Estou bastante dividido em relação ao meu regresso. Se por um lado (enorme, diga-se) quero mesmo ver toda a gente, estar em casa, descansar e comer bem, por outro esta vida de Erasmus faz bem a uma pessoa, até que nem é mau nem muito cansativo.

Mas três meses em Madrid também cansam e urge agora regressar a casa. Tenho mesmo saudades de Lamego, dos meus pais e do meu irmão, do pessoal que por lá ficou. A ansiedade do voo e de chegar a casa, fazer uma festa enorme, etc e tal já me roubam horas de sono!! Ai, quero tanto ver toda a gente, matar estas portuguesas saudades...

Ah, e na sexta, quando chegar, vou direitinho aos estúdios da Douro FM gravar! Yay, um estúdio só para mim, para livrar a barriga da miséria de gravar no meu quartinho.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

O que fica...

O Guilho é a pessoa que sabe frases importantíssimas para sobrevivermos nesta selva gigante que é o mundo. Como por exemplo, "dar um peido" em alemão: Ich habe ein punt gemacht!

Eles são as únicas pessoas no mundo capazes de me fazer gostar de André Sardet (nem que seja para vomitar a seguir). Depois da frase deste finde, fica também a música.



'Bora aí passear pelas ruas?

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

20?

A semana que passou - sim, toda a semana - foi passada num misto de felicidade transcendental e ansiedade terrível. Apenas de que chegasse toda a gente para aquele, que afinal, é um evento único. Ter 20 anos é ter um ano a mais que os 19, mas toda a gente os transforma numa coisa única. E único também é estar em Madrid e ainda assim conseguir rodear-me de algumas das pessoas que mais gosto. Ter cá o Guilho, o Rafa, o António, o Fil e a Marta foi o melhor presente que podia ter tido. Foram os dias mais especiais do meu Erasmus e agradeço a todos e a cada um por terem vindo. E peço desculpa por não vos ter levado ao aeroporto :P
E a todos vocês que estão espalhados por esse mundo fora - que não é, de todo, hipérbole nenhuma - muito mas muito obrigado por não se terem esquecido de mim e me terem trazido um sorriso a mais nestes dias que tão felizes têm sido. Não me esqueço de vocês - ninguém mesmo - e agora conto os dias para vos voltar a ver.

Muito obrigado mesmo. Pedro, tens razão: saudade é a palavra portuguesa mais bonita.

Vemo-nos daqui a duas semanas? :D

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Dezembro

O meu mês preferido chegou. Em força, diga-se. O frio aqui é muito frio, gela-nos até aos ossos, é seco e cortante. Pensava que Madrid era de todo diferente do Pólo Norte, mas começo a aperceber-me que afinal as semelhanças são mais do que os comuns mortais imaginam. Ainda não caiu neve, mas dizem que não tarda muito.

Entretanto o Rui esteve cá. Foi bom ter família por perto, pôr conversa em dia, sair descontraidamente, espairecer e passear. Mas sabe sempre a pouco. Principalmente quando depois de se ir embora fica um vazio grande, que se embrulha quando penso no trabalho que tenho que despachar até sexta-feira, pelo menos. O 25 de Abril nos jornais espanhóis - o tema do nosso trabalho - foi tratado de forma exaustiva. Tão exaustiva que eles mencionam e apontam Lamego num mapa. Fiquei tão feliz quando vi o nome da minha terrinha num microfilme na Hemeroteca (e que Hemeroteca, gigantesca, completíssima, extremamente bem organizada!).

Ontem fomos ver Opeth à Sala Heineken. Aquela sala é mazinha: pequena, palco minúsculo e pouco alto, desenho em fosso, espaço mal aproveitado... Salvou-se o som, mas só. O público espanhol é uma valente treta; estiveram quietos o concerto todo, mal mexiam as cabeças, braços no ar nem vê-los, cantar nem valia a pena. Aliás, alguns estavam ali para assobiar de cada vez que Mikael Akerfeldt perdia um minuto a afinar a guitarra (ouviu-se mesmo "You're boring" ou "What the fuck are you doing? Play fucker!"). Fiquei mesmo triste com aquele público desolador, em que eu, o João e o Filipe éramos a verdadeira alma, saltando, cantando, berrando, metendo braços no ar. Da próxima vez que vir um concerto em Portugal, já sei porque é que eles vão dizer que somos o melhor público do mundo: é porque merecemos, é porque somos mesmo. Somos mestres na arte de bem receber, de agradar, de presentear uma banda com uma excelente exibição.

Entretanto a Marta chega na quinta-feira. Motivos de alegria mais que muitos, principalmente se aliarmos isso à chegada do Guilho, do Troidi, do Fil e do Rafa no sábado. Sinto-me sortudo por ter estas pessoas na minha vida, que me vêm visitar e dizer "olá". Vocês preenchem-me e ter-vos cá a todos comigo aquece-me, faz-me enfrentar este frio duro sem problemas, faz-me feliz. Venham rápido e voltem devagar... Aliás, não voltem de todo, fiquem comigo até dia 18 e depois voltamos todos juntos para Portugal. Porque tenho saudades vossas, saudades nossas todos juntos. E a ansiedade de voltar a Portugal, a um café familiar, a ouvir falar a mais bela língua do mundo, a tomar um café que sabe mesmo a café, cresce e cresce e cresce. A saudade é portuguesa e eu sou português.

PS - o Homer acabou de dizer "Que puñeta es eso?".