domingo, 26 de outubro de 2008

Malucos

Acabou de passar um maluco na rua que ia a falar sozinho. Depois foi até ao fundo da rua e mesmo antes de virar a esquina parou. Parou e começou a falar, durante uns bons 4 minutos, para uma grade que estava ali, parada. A falar, quer dizer, a gritar. A gritar belos impropérios como "de puta madre", ou "hija de una grande puta". E virava a esquina e voltava para trás para a chamar "puta" mais uma vez. E depois fitava a grade, olhos nos olhos, e esperava uma resposta. Depois de a grade responder, ele gritava mais um pouco. Virava a esquina e voltava para trás, para a tratar mal mais um bocado. Para a grade. Fez-me lembrar o Vasco Santana, quando pediu lume a um poste. Mas em espanhol. E para uma grade. Tratou-a mesmo mal, abusou dela verbalmente. E não pediu desculpa. À terceira virou a esquina de vez e não voltou. Eu e a Bárbara ficámos chocados e a grade de certeza que ainda está combalida com toda esta situação. Pobre da grade, ninguém a vai consolar agora.
Se bem que também não sabemos a versão da história da parte da grade. Ela pode ter sido malévola para o pobre homem e agora, depois de tanto tempo, terem-se encontrado ali e ele perdeu a cabeça. Com a grade.

3 comentários:

Marta disse...

:o Há malucos para tudo, é caso para se dizer.

Unknown disse...

ele já estava era com uma grade em cima! :D
abraço

Anónimo disse...

Olha meu querido, não sei que dizer.Mas que se passam coisas estranhas... Pelo menos que não seja contagioso. Bjs